• 16 de setembro de 2017
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A maconha é capaz de aliviar dores e trazer benefícios para os portadores de epilepsia, esclerose múltipla, aids, câncer, glaucoma, asma, parkinson e outras doenças.

Maconha serve para tratar:
Parkinson

Apesar de ainda não existir nenhum tratamento capaz de curar a Doença de Parkinson, evidencias apontam para um possível efeito do CBD na melhoria das medidas de qualidade de vida em pacientes com essa enfermidade.

Autismo
Não existem estudos científicos que comprovem a eficácia do tratamento do autismo com a cannabis. Existem apenas relatos isolados de sucesso do uso terapêutico da cannabis em pacientes com síndromes autistas. Acredita-se que o efeito neuroprotetor e de regeneração do cérebro do canabidiol, uma das substâncias da maconha, seja o responsável pelo efeito positivo dos relatos.

Epilepsia Refratária

Estudos científicos relatam que o CBD possui eficácia no tratamento de epilepsia refratária, devido a sua ação anticonvulsivante. Ensaios realizados em ratos e camundongos evidenciam que a administração do CBD é capaz de diminuir a ocorrência de convulsões e a mortalidade dos animais epilépticos, quando comparado com os animais doentes que não fizeram o uso da substância (RUSSO, 2016).

Foi relatado que o CBD pode influenciar a hiperexcitabilidade neuronal através de vários mecanismos e que isso está relacionado à sua atividade anticonvulsivante (LEO,2016).

HIV/ Desnutrição e estimulação do apetite

Os estudos sobre os efeitos da maconha sugerem que esta droga pode ser importante no tratamento da desnutrição e da perda do apetite em pacientes com AIDS ou câncer. Mas outros medicamentos são mais efetivos do que a maconha, portanto, os autores recomendam pesquisas mais aprofundadas para avaliar a ação da maconha nesses pacientes.

O papel da maconha na dor

A medicina ocidental utilizava cannabis amplamente como uma droga analgésica comum durante o século XIX; esta ação analgésica se efetua através do sistema endocanabinoide, evidências sugerem que os canabinóides podem ser úteis na modulação da dor através da inibição da transmissão neuronal, atuando similarmente aos opiáceos sobre as vias nervosas de controle da dor. Embora THC e CBD são sejam classificados como analgésicos potentes, apresentam efeitos satisfatórios no tratamento de dores de tipo neuropática ou outras que não respondem aos tratamentos habituais. A cannabis é eficaz para tratar dores associadas aos quadros de neuropatia como neuralgia do trigêmeo e às dores associadas à herpes, esclerose múltipla, lesões medulares, alguns tipos de câncer, neuralgias associadas a AIDS ou com qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crônica. (BONFÀ et al., 2008)

Quimioterapia reduzindo náuseas e vômitos e aumentando o apetite

Evidências consideráveis demonstram que a modulação do sistema endocanabinóide regula náuseas e vômitos. O efeito antiemético do THC foi descrito na bula do dronabinol (THC sintético registrado internacionalmente sob o nome Marinol®). Esse efeito é especialmente útil no tratamento dos sintomas de náuseas e náuseas antecipatórias em pacientes de quimioterapia, que dificilmente respondem aos medicamentos convencionais atualmente disponíveis. (BONFÁ, 2008)

Esclerose Múltipla/Espasmo Muscular

A maconha influencia o movimento e estudos têm demonstrado que ela pode ajudar no controle do espasmo muscular (encontrado na esclerose múltipla ou no traumatismo raquimedular).

O extrato da cannabis tem sido o principal agente estudado para o tratamento da espasticidade em pacientes com esclerose múltipla. A espasticidade é comumente associada a espasmos dolorosos e distúrbios do sono e contribui para aumentar a morbidade. Os cannabinoides endógenos e exógenos demonstraram ser eficazes para a espasticidade da esclerose múltipla em modelos animais, principalmente através de efeitos no receptor CB1. (BOLGELT et al., 2013)

Em janeiro de 2017 foi aprovado o registro do medicamento específico Mevatyl® composto por: THC [27 mg/mL] + CBD [25 mg/mL], na forma farmacêutica solução oral (spray). É o primeiro medicamento registrado no Brasil à base de Cannabis Sativa. Esse medicamento é comercializado em outros países com o nome Sativex®, e é indicado para o tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla, e é recomendado a pacientes adultos que não respondem aos tratamentos convencionais e que demonstram melhoria clinicamente significativa dos sintomas relacionados à espasticidade durante um período inicial de tratamento com o Mevatyl. O medicamento é destinado ao uso em adição à medicação antiespástica atual do paciente e está aprovado em outros 28 países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel. (ANVISA, 2017)