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Benefícios da maconha no tratamento de diabetes

A diabetes se tornou uma das doenças mais comentadas da atualidade.

Isso se deve ao aumento de casos diagnosticados nos últimos 10 anos, ter sido além do esperado, e da importância de obter o diagnóstico e reconhecimento da doença o mais cedo possível.

Outro fato muito relevante, no aumento do índice de portadores de diabetes, é o sedentarismo e a obesidade.

A obesidade abdominal principalmente, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, que é uma das causas principais da resistência à insulina.

Uma pesquisa realizada em 2016 pelo Ministério da Saúde mostra que os casos de diabetes no Brasil cresceram 61,8%, neste período.

Em 2015, por exemplo, dados mostram que  14,250 milhões de brasileiros apresentam a doença e 130.712 pessoas morreram de diabetes, entre 20 a 79 anos de idade, neste mesmo ano.

Diversas pesquisas sobre os benefícios da maconha medicinal no tratamento de doenças, comprovam a eficácia de seus componentes, inclusive no tratamento de diabetes.

Considerada muito eficiente em tratamentos para dores, há pesquisas do uso da cannabis para diversas doenças, dentre elas o câncer, aids, esclerose múltipla, glaucoma, etc.

A quantidade de pesquisas com foco nos benefícios causados pela planta, estão crescendo, e dentre elas, seu uso no tratamento de diabetes.

Por que utilizar maconha para controlar os sintomas de diabetes?

Como o uso de maconha pode elevar a qualidade de vida dos portadores dessa doença?

São diversas dúvidas e perguntas que surgem quando se toca nesse tema, associados a algum preconceito quanto ao estereótipo do tipo de pessoas que fazem uso da planta.

Dessa forma, neste texto iremos esclarecer quais são os pontos positivos ao utilizar um tratamento alternativo, até mesmo para quem não faz uso da maconha.

Tipos de diabetes e sintomas

Em primeiro lugar, devemos esclarecer os tipos de diabetes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os tipos de diabetes podem ser diferenciados da seguinte maneira:

Diabetes tipo I – Caracterizado como uma doença autoimune, que ocorre destruição das células beta pancreáticas por anticorpos produzidos pelo organismo. Esta destruição acarreta à deficiência da produção de insulina.

Os sintomas incluem: fome excessiva, sede, diurese, emagrecimento, cansaço e fraqueza.

A causa da diabetes tipo I é desconhecida, mas genética e fatores ambientais são as causas mais consideradas.

Diabetes tipo II – A insulina é produzida por células beta no pâncreas, mas há dificuldade em ser utilizada. É a chamada resistência à insulina.

A diabetes surge quando a insulina é produzida em maiores quantidades, mas mesmo assim não consegue manter os níveis de glicose normais. O açúcar não é carregado para o interior das células, ficando retido no sangue.

Essa forma da doença ocorre em 90% dos casos de pacientes diagnosticados, e além de altos níveis de glicose, também podem apresentar colesterol alto.

Os sintomas podem demorar a aparecer, podendo apresentar a doença assintomática por algum tempo.

Estes incluem os mesmos sintomas citados para diabetes tipo I, além de infecções frequentes (bexiga, rins, pele), feridas que demoram a cicatrizar, alteração visual, formigamento nos pés, furúnculos, dentre outros.

Uso da maconha no tratamento de diabetes tipo II

A diabete tipo II anda lado a lado com a obesidade, tanto que dieta controlada e balanceada, e a realização de exercícios físicos são algumas das recomendações para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Uma série de estudos correlacionam o controle de peso e uso de cannabis.

Em doses terapêuticas, é de grande utilidade no tratamento de pacientes obesos, com risco de diabetes.

A planta apresenta dois componentes muito importantes no tratamento: o Canabidiol (CBD) e o THCV (Tetrahydrocannabivarin).

De grande importância no tratamento da doença.

Estes compostos influenciam no aumento do metabolismo e na redução do colesterol, tanto no sangue, quanto em alguns órgãos.

Uma pesquisa realizada com ratos obesos, mostra que o uso do THCV influencia na capacidade de diminuir os níveis de triglicerídeos no fígados dos ratos obesos.

Neste mesmo estudo, houve aumento da relação do HDL/LDL, o que significa que influenciou o aumento do bom colesterol.

Houve também a diminuição dos níveis de glicose no sangue analisados quando os ratos encontravam-se em jejum (controle de glicemia) e aumento da tolerância à glicose, referente à diminuição da resistência à insulina (característica de diabetes tipo 2).

A conclusão do artigo diz que o THCV pode ser utilizado para o controle de síndromes metabólicas ou em casos de diabete tipo 2, de maneira isolada ou combinada com tratamentos já existentes atualmente.

Sendo assim, o estudo comprova que maconha auxilia na redução da glicose em jejum, melhora a resistência à insulina e aumento do metabolismo, controlando o açúcar no sangue, contribuindo de maneira essencial no tratamento da diabetes tipo II.

Outro artigo publicado nos EUA, comenta sobre as chances de um usuário de maconha em se tornar obeso.

Utilizando a maconha 3 vezes por semana, os usuário diminuem essas chances a um terço.

Parece controverso dizer que para usuários de maconha, as chances de obesidade diminuem, se for considerado o estímulo de apetite após seu uso.

No entanto, o uso de cannabis afeta o metabolismo de carboidrato em seus usuários, apresentando-se mais rápido e melhor do que não usuários, de acordo com um notícia publicada na CNN.

Outra descoberta envolve compostos como, CBD e THCV como os responsáveis por suprimir o efeito de apetite, já que estimulam e impulsionam o aumento do metabolismo.

No entanto, este efeito dura apenas por um curto período de tempo.

Mesmo assim, é possível perceber o alto potencial dessa espécie de planta em trazer muitos benefícios no tratamento da diabetes, e melhora na qualidade de vida dos usuários.

Os efeitos anti-inflamatórios da Maconha

Os efeitos anti-inflamatórios do uso da cannabis já foram constatados e identificados em alguns estudos, mantendo a capacidade imunológica do organismo.

A inflamação do pâncreas ocorre na diabetes tipo I, também chamada de mellitus.

Um artigo publicado, apresenta resultados que usuários de maconha apresentaram menores quantidades de Proteína C no organismo, diretamente relacionada com inflamações de nível sistêmico.

O que significa que níveis baixos dessa proteína são mais desejáveis, indicando o poder anti-inflamatório da maconha.

The American Alliance for Medical Cannabis”, sociedade americana de experts no uso medicinal da maconha, publicou o seguinte trecho de um artigo, também citado pelo growroom:

“Muitos canabinoides agem primariamente para inibir protaglandinas e COX-2 (substâncias ligadas à inflamação de tecidos), providenciando ação antioxidante para salvar radicais livres, e inibindo macrófagos (relacionado ao efeito autoimune da doença) e TNF (também inflamatório). Isso tudo significa que a cannabis é um excelente anti-inflamatório que não apresenta os efeitos colaterais de esteroides (que diabéticos precisam evitar) (…), como Vioxx.”

O que é neuropatia e como a maconha pode ajudar

neuropatia é a complicação mais crônica e preocupante que pode afetar os diabéticos.

Também chamada de neuropatia periférica é a sensibilidade ou danos aos nervos periféricos, dificultando o mecanismo de carregar informações do cérebro às regiões periféricas e vice-versa, assim como sinais da medula espinhal para o restante do organismo.

Importante comentar que a falta de sensibilidade nessas regiões, especialmente dos pés, está diretamente ligada ao risco amputação.

A causa desse quadro está diretamente relacionado a:

  • controle inadequado da glicose;
  • alto nível de triglicerídeos;
  • excesso de peso;
  • pressão alta;

Estas são algumas das causas mais importantes e já citamos como a maconha pode auxiliar no controle da obesidade, diminuição dos níveis de colesterol, triglicérides e controle de glicose no sangue.

Estes fatos comprovam ainda mais como o uso da maconha pode trazer benefícios diretamente conectados à diabetes, e que pode sim ser um tratamento alternativo, dentro de um conjunto de outros tratamentos, para melhorar a qualidade de vida dos portadores da doença.

Alguns sinais que indicam a progressão da neuropatia são diferentes tipos de dores, das contínuas e constantes, ao formigamento, até às dores de simplesmente encostar um braço ou apoiar as mãos nos pés, por exemplo.

Pesquisas também demonstram como o uso de maconha pode aliviar as dores causadas, por diversas doenças, e dentre elas na diabetes.

Além da amputação de membros, outro problema ocasionado pela doença são os problemas de visão avançando para a cegueira.

Um dado mostra que dentre portadores de diabetes tipo I, 90% apresentam problemas na visão, decorrente de morte de células nervosas da retina, ou neurodegeneração.

A maconha apresenta um efeito neuroprotetor, mais conhecido por auxiliar no tratamento de crianças com epilepsia, por exemplo, em que as doses são prescritas por um óleo com uma quantidade conhecida de cannabidiol.

Dessa forma, pode também auxiliar nos efeitos causados pela diabetes.

O CBD, especialmente, dentre os diversos componentes da maconha, mostra-se como principal substância no combate à neurodegeneração e prevenção de cegueira, segundo estudo.

O cannabidiol é um componente excelente no tratamento de doenças.

As pesquisas ainda são muito iniciais, e mais resultados devem ser publicados nos próximos anos, especialmente, alguns mais consistente sobre qual é a melhor maneira de utilizar a maconha no tratamento de diabetes.

O importante é que já existem evidências de que o benefícios aos sintomas gerados pela doença são inúmeros, restando produzir resultados em pessoas.

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